2008, um ano incomum. Sim, este ano é especial. Não por ser o último bissexto da década de 2000. Nem pelo outono que promete escassez de chuvas. A novidade, que o fará ser lembrado na história, é a Páscoa. Ou melhor, a data em que ela é celebrada.
O dia em que é lembrada a ressurreição de Jesus Cristo não é escolhido por acaso. A Páscoa cristã é comemorada no primeiro domingo após a lua cheia do outono -no hemisfério sul - ou da primavera - no hemisfério norte. Isso porque é contada segundo o calendário judaico que, por sua vez, é baseado nas fases da Lua. Complicado?
Acontece que, este ano, a Páscoa (do latim Pessach) será festejada muito antes se comparada ao usual (de 22 de março a 25 de abril). A última vez em que ocorreu de forma antecipada foi no ano de 1913.
Coincidentemente, a celebração cristã veio ao encontro de outra comemoração: o possível aniversário do profeta Maomé, expoente da religião islâmica. Mais um motivo para ser lembrada.
Isso quer dizer que estão todos felizes? Antes fosse...
Do lado cristão, a Páscoa é um momento de reflexão. Mas parece que o que mais se reflete são os preços das lembranças, o peixe mais barato, o recorde no varejo. Alguns ainda aproveitam os dias para fazer o que nunca fazem ou adiantar tarefas já que não precisam comparecer ao trabalho. O tal sentido é esquecido e cede o lugar à correria dos tempos modernos.
Do lado islâmico, a data serviu para o reaparecimento de uma das figuras mais temidas na atualidade. Osama Bin Laden aproveitou a comemoração para fazer um “pedido” à União Européia. Na gravação publicada em um site islâmico, o líder da Al- Qaeda pede que as autoridades tomem uma forte atitude quanto a divulgação das charges que envolvem o profeta Maomé. O fato é discutido desde 2005.
E assim como veio cedo, a Páscoa também não tarda a ir embora. Segunda feira, tudo começa outra vez. Descansados, retoma-se a vida. As tarefas voltam a ocupar a cabeça (se não estiveram presentes durante os dias de folga) e as atividades voltam ao normal. Da reflexão pouco fica, quando muito, dura até mais alguns meses. Talvez a maior repercussão seja mesmo a aparição do líder islâmico, afinal, esta se estende por um bom tempo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
É, Aninha. Há muito tempo datas cristãs não têm mais significado que não seja capitalista. Na verdade, nunca vi significado na maior parte das coisas cristãs. Tudo muito incoerente.
[e pq pra escrever comentários pra ti tem que digitar aqueles caracteres chatos, tipo "wbtrgms"? bah, horrível!]
o blog é novo, aninha! recém ganhou vida.. hehe
to desenferrujando aos poucos.
e ó.. não tem como escapar mesmo.. são todas datas de compra.
e eu, como boa ocidental, compro.
tsc tsc...
(mas eu tenho um motivo: não sou religiosa, então essas coisas ficam em segundo plano.. hehe)
Entendo o que tu diz, mas não considero isso errado. Se é que existe certo ou errado nessas horas. Sinceramente, acho muito chata toda essa manifestação de religiosidade através de procissões, missas etc. Mas respeito. E acredito que respeitar já é suficiente.
Beijocas.
olha aninha, mesmo quem ainda pensa no real significado dessas datas, tipo páscoa, natal, na verdade tá mais interessado nos presentes, nos ovinhos. é triste, mas é a real.
e eu que sempre me perguntava porque a páscoa mudava de data... nada como uma boa jornalista para nos informar.
Alheio a comemorações, desta páscoa, voltei com uma teoria: todos deviam passar quatro dias no Rosa. Isso melhora a vida das pessoas =D
Postar um comentário